Resenha: O jardim secreto - Frances Hodgson Burnett
"Uma das coisas estranhas de se viver no mundo é que só de vez em quando se tem certeza de que se vai viver pra sempre e sempre e sempre.” (p. 236)
O jardim secreto conta a história de Mary uma menina indiana muito mimada e arrogante que não recebia atenção da mãe, que não tinha amigos e que não gostava de ninguém.
Quando acontece um surto de cólera e todos da sua casa vem a falecer, Mary que estava escondida num quarto é resgatada e levada para casa do tio Archbald Craven em Misselthwaite, onde ela ouviu falar de cem quartos que ninguém entrava e de um jardim trancado há dez anos que foi enterrado a chave. Isso a deixa interessada e curiosa. A menina também ouve barulhos que parecem ser gritos de choros dentro de casa. Todos esses mistérios a intrigam e ela deseja desvenda-los.
“Coisas boas vão acontecer até que você as façam acontecer.” (p. 262)
No decorrer da narrativa, seu temperamento muda e ela passa a ser uma personagem mais cativante em vez de detestável. A garota que antes não gostava de ninguém, passa a gostar e ter afeto. Quando conhece o jardineiro chamado Ben e o seu pássaro pisco, Mary passa a gostar deles. Também se afeiçoa a Martha, a empregada, quando esta lhe conta histórias sobre a família, sobre seu irmão Dickon, um garoto de 12 anos que ama os animais e está sempre cuidando deles, e sobre a mãe. A menina passa a ter estima por eles mesmo sem conhecê-los.
A narrativa é instigante. A descrição fez com que eu me sentisse no próprio ambiente e o desenvolvimento dos personagens na história fez com que eu me apegasse a cada um. A partir da leitura da obra, refleti que a solidão na infância, assim como a falta de amor, carinho, atenção, educação por parte dos pais pode tornar uma criança amarga.
Eu já havia assistido o filme em minha infância, mas me recordava apenas de algumas cenas. Amei ler o livro. Mais um para lista de favoritos.
“Pensamentos - são tão poderosos quanto as baterias elétricas - tão bons para um quanto a luz do sol, ou tão ruins para um quanto o veneno. Deixar um pensamento triste ou mau entrar em sua mente é tão perigoso quanto deixar um germe de febre escarlate entrar em seu corpo.” (p. 309)
Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️+ ❤️
Comentários
Postar um comentário