Resenha: A morte de Ivan Ilitcha - Leon Tolstói
”A história de vida de Ivan Ilitch foi das mais simples, das mais comuns e portanto das mais terríveis.”
O livro é uma novela narrada em terceira pessoa por um narrador onisciente. A história começa com a morte de Ivan Ilitch, a narrativa destaca a falsidade das pessoas que diziam ser seus amigos, mas não sentem compaixão pelo defunto, ao contrário, pensam nos benefícios que terão com sua morte, como quem ficará com seu cargo no trabalho. Ademais, no velório, sua esposa Prascóvia Fiódorovna está preocupada em conseguir uma pensão.
Ao longo, a narrativa conta a trajetória de Ivan Illitch até ele adquirir uma doença grave e morrer.
O livro é curto, divido em 12 capítulos e a escrita de Tolstoi é maravilhosa.
Ilitch deixa-se levar por ambição, querendo sempre mais, se preocupa demais com as aparências, em se encaixar com os padrões sociais.
” A ambição era sua maior fonte de prazer no campo profissional, a satisfação de suas vaidades no campo social, mas o seu verdadeiro deleite era o whist.”
O enredo reflete sobre os pensamentos inquietantes de Ilitch enquanto definha, ele quer que as pessoas sintam pena dele, o fato de fingirem que ele só está “doente” lhe perturba.
A obra é reflexiva, deixa expressa a desumanidade, a não compaixão, a falsidade, o egocentrismo.
”E assim ele tinha de viver, à beira do precipício, sozinho, sem uma alma que o entendesse e dele tivesse compaixão.”
Achei o livro bem angustiante por retratar a realidade de forma crua e explícita.
A obra me fez refletir a importância de construirmos boas memórias, de não vivermos em pró de trabalho, aparências e bens materiais, mas buscar a felicidade- esta não pode ser comprada.
Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
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